Isabella, NÃO!!!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Chega um certo ponto que, minha amiga, você tem que ter uma paciência de Jó. Repentinamente sua cria começa a tomar gosto por fazer o que não deve, TUDO, absolutamente tudo o que não pode... parece que veio com um manual de "Como tirar mamãe do sério".
Parece exagerado, mas depois que começa a andar, lá se vai nosso sossego! Objetos pontiagudos, de vidro, tomadas, facas, portas de armários, ímãs de geladeira, gavetas, porta retratos... todos viram alvo da curiosidade desses pequeninos seres. E o que me resta a não ser falar: "Isabella, NÃO!" ?!
"Isabella, tira o dedo da tomada", sim, ela me obedece, porém, corre sedenta por abrir a gaveta de remédios, lá vou eu, mais uma vez, atrás dela pra dizer "Isabella, NÃO, aí não pode mexer", sim, mais uma vez a pequena me obedece e, mais uma vez, ela corre pra outro alvo errado.
Mãe nessa fase vira meio atleta, meio Jó... tem que ter um ótimo condicionamento físico pra correr atrás dela antes que ela pegue a faca que está em cima da mesa e, ao mesmo tempo, uma paciência tremenda pra explicar por a mais b que aquilo é errado, "faz dodói".
Mãe padece no paraíso, sim, é a mais pura verdade, mas porque não se divertir nele?!
Vira e mexe me pego pensando com meus botões, porque a tomada da sala é mais interessante que aquele brinquedo super colorido e divertido, e a única conclusão que chego é que é impossível compreender o que se passa naquela cabecinha.
Agora, tenho que usar todo meu poder de persuasão para convencê-la de que aquele brinquedo que toca música, tem milhares de cores e mil e uma funcionalidades é beeeem mais legal que aquela tomada feia e sem graça que faz dodói.
Isso sem falar das birras, de quando joga comida no chão, de quando belisca, bate, morde, tenta se jogar da cama... Definitivamente, Isabella, NÃÃÃÃO!!!!!

Ai que saudade...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Foto de uma careta básica da Isabella!



Definitivamente, pulei uma etapa, agora sou mãe de uma mocinha. Sim, a Isabella já se comporta como uma mocinha, já anda, fala algumas coisas, tem iniciativa de pegar o que quer e ir aonde quer... É engraçado mas, ao mesmo tempo, gera uma dorzinha no coração ver que seu bebê não é mais um bebêzinho, aquela coisinha molinha, frágil, que depende totalmente de você e que ainda nem esboça sinais de que quer falar, de que os dentinhos vão rasgar, nem de que quer andar... É uma etapa que se encerra e te faz MORRER de saudades. Se eu pudesse dar um conselho hoje às mamães, seria: aproveite intensamente cada fase. Passa tudo tão rápido, tantas roupinhas perdidas, tantas fases que ficaram para trás e o que resta é aquela sensação de que não curtimos devidamente cada fase.
Me lembro que quando a Isabella nasceu, algumas mamães me diziam: "aproveita cada segundo, pois passa rápido demais", e eu ficava cética, achava que iria sim curtir cada segundo, que não ia achar que passou tão rápido assim, queria apressar o relógio, queria ver a Isabella andar, falar e, hoje, meu anseio é o contrário, voltar ao tempo, achar a fórmula mágica pra isso.
Hoje quando lembro do primeiro dentinho, parece que faz uns 5 anos! De quando ela calçava tamanho 16 então... uma eternidade!
Nostalgia é intrínseco à maternidade, todas as fases que passam fazem o coração ficar pequenininho, apertado... agora a Isabella está na fase de parar todo mundo na rua, de fazer graça, de interagir com outras crianças. É um barato ver as caras e bocas que ela faz, as novas palavrinhas, mas corta o coração a hora de guardar as roupinhas que não servem mais. Nós queremos ver nossos filhos crescendo, saudáveis, fazemos projeções de como serão daqui há alguns anos, quase que querendo acelerar o passar do tempo mas, paradoxalmente, quando guardo as roupinhas que não cabem mais, sinto que queria que ela fosse pra sempre pequenininha... mãe também é um "bicho" complicado, que não sabe ao certo o que quer e, ao mesmo tempo, tem certeza do que quer... cada fase é uma nova descoberta, estou desbravando este mundo junto com a Isabella, afinal, ser mãe é renascer e ser apresentada a um mundo que era totalmente estranho e desconhecido.