Parabéns para nós!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Estou na véspera de completar um ano, um ano que recebi essa incumbência divina: ser mãe. Um ano de aprendizado contínuo com a Isabella, de sabores e dissabores, de descobertas e mudanças de opiniões e valores.
A cada post, escrevo coisas diferentes sobre o "ser mãe", e não me canso, porque ser mãe é algo fora do explicável, aquele tipo de coisa que só sendo pra saber. A um ano atrás, estava destruída psicologicamente de tanta ansiedade, rotunda, com dor nas costas... uma agonia que parecia não ter fim, já me imaginava grávida no Natal, pois parecia que minha gravidez seria eterna.
No dia do parto, em meio ao susto e da frustração, nada abalou(nem a morfina que tinham enfiado na minha espinha) a felicidade de me deparar, pela primeira vez, com a carinha da minha filha, a felicidade de ver alguém que eu tinha gerado, que tinha vindo de dentro de mim. Hoje tenho outra personalidade, aquela inata em todas as mulheres, a personalidade mãe.
Tenho fixação por partos, leio, releio, viro do avesso esse assunto e, se pudesse mudar minha opção profissional, me tornaria obstetra, é a profissão mais linda, porém, hoje, no Brasil, com quase 90% de cesáreas, se tornou a mais traiçoeira. Aprendi muita coisa, umas a Isabella me ensinou, outras, minha minha, e tantas outras, meu instinto materno. Aprendi desde trocar fraldas, até fazer papinha. Aprendi que parto é normal, cesárea é intervenção cirúrgica. Aprendi por a + b que ser mãe é a melhor coisa do mundo! Hoje tenho fixação pelo mundo infantil, sou sedenta por informações, a cada banca que passo, meus olhos buscam capas de revistas que tenham um bebê estampado.
Ver um filho crescer, não tem preço! Essa frase clichê cai como uma luva nesse meu um ano de maternidade, olho nostálgica as roupinhas de recém-nascida da Isabella e cada uma delas me conta uma história diferente, de quando ela ainda a usava. Ter amamentado, é outra coisa que não tem preço, a sensação de sentir sair de dentro de você o alimento perfeito para sua cria, é algo inexplicável. Ah, quem me dera se eu amamentasse até hoje... Um ano passou rápido demais, porém, parece que demorou demais, porque vivi tantas coisas, me lembro de cada detalhe... da primeira vacina, do primeiro sorriso, da primeira birra, da primeira papinha, do primeiro passeio, da primeira febre, da primeira queda, da primeira gargalhada, da primeira sílaba pronunciada, do primeiro passinho, do primeiro dentinho... são tantas recordações que me perco na linha do tempo e fico perdida nesse tumulto de doces lembranças.
Ainda me lembro de um fato que ocorreu no dia seguinte ao nascimento da Isabella, quando olhei para minha mãe, que já tinha passado por três cesarianas, e disparei: "Mãe, você é louca, três cesáreas??? Nunca mais quero ter filhos". Mas hoje entendo quem quer ter mais filhos, a vontade de passar por tudo isso de novo é enorme, e o amor é tanto, que às vezes é preciso dividir(parece brincadeira, mas é verdade). Se Deus nos permitisse rebobinar a fita da vida, voltaria naquele 23 de outubro de 2006 incansávelmente, para reviver cada segundo, que nem a dor da cesárea é capaz de diminuir sua grandiosidade.
Que Deus me conceda muitos anos ao lado da Isabella, de descobertas, aprendizado, gargalhadas e pura felicidade.
Parabéns pra Isabella, parabéns pra mim, parabéns para o milagre da vida!

Meu primeiro dia das crianças.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007



















Isabella na pizzaria, sentada na mesa que nem gente grande! :)

O dia das crianças está chegando, e nunca me senti tão criança em toda minha vida!
Nunca olhei tão atentamente as prateleiras de brinquedos das lojas, nunca estive tão por dentro das marcas e modelos de brinquedos. Nunca vi tanto desenho na TV e tão pouco me imaginei algum dia na vida assistindo a Turma do Cocoricó e cantarolando as musiquinhas.
Ah, ser mãe é voltar um pouco a ser criança, aliás, um muito! Nunca fui tão boba, nunca me joguei no sofá para ficar brincando com um bebê e morrendo de rir com as mordidas que levava no rosto, aqueles dentinhos tão pequeninos e afiados pareciam fazer cócegas em mim!
Nunca ri tanto com as risadas de um bebê e nunca me diverti tanto com suas travessuras.
Eu que nunca fui fã desse mundo infantil, começei a embarcar no mundo do faz de conta, começei a ADORAR entrar e ficar horas em lojas de bebês, começei a achar o máximo brincar de "cadê o nenê? ACHOU!!", começei a perceber que eu não sabia nada sobre ser mãe, e ainda não sei, pois a Isabella me mostra a cada dia algo diferente, me mostra um mundo cada vez mais colorido, cada vez mais divertido, cada vez mais surpreendente e delicioso... e definitivamente, descobri que o momento mais feliz da minha vida, foi quando descobri que teria vários momentos assim com a Isabella.